domingo, 7 de junho de 2020

A importância do silêncio

A importância do silêncio.

L.P. Língua Portuguesa

 

<< A importância do silêncio e dos sentidos para uma boa comunicação a nível pessoal e profissional>>

 

 

 

Neste texto argumentativo vou refletir acerca da importância do silêncio e dos sentidos para uma boa comunicação a nível pessoal e profissional.

   O silêncio é importante porque é um vínculo que nos une porque é algo que nos une como indivíduos porque como diz José Tolentino Mendonça os amigos acolhem o silêncio um do outro, sentem-se bem com o silêncio um do outro. Isto é muito importante a nível pessoal mas também a nível profissional por quando temos um emprego com um ambiente de amizade, onde nos sentimos seguros e confiantes e onde podemos coexistir mesmo estando em silêncio, é muito importante para a nossa produtividade e bem-estar pessoal e profissional.

   Quando estamos uns minutos em silêncio conseguimos refletir melhor naquilo que pretendemos comunicar, logo facilita a comunicação quando pensamos melhor no que pretendemos dizer.

   Nas nossas dinâmicas na sala de aula achei que é importante o silêncio quando estamos a debater algumas ideias para não haver ruído que prejudica o entendimento dessas mesmas ideias. Também ao estarmos uns minutos em silêncio ajuda quando formos falar a reforçar melhor as nossas ideias e convicções.

   Concluindo acho que a afirmação que fiz na introdução é bastante importante pois o silêncio ajudam bastante numa boa comunicação. Estamos num tempo da nossa sociedade em que potenciamos a audição e a visão como os sentidos mais importantes. Mas isso está errado. Temos de pensar que os sentidos são todos importantes e temos que os potenciar fazendo atividades que ajudem a os potenciar. Tal como o paladar e o olfato, entre outros. Temos de desfrutar o mundo, potencializando todos os sentidos. Quando não temos um sentido tendemos a potencializar outro sentido. Por exemplo quando não falamos tendemos potenciar a escuta. Logo utilizando todos os nossos sentidos ajuda uma boa comunicação bem como estando em silêncio reforça a ideia de uma boa comunicação porque mesmo estando em silêncio surge uma boa empatia com as outras pessoas tanto a nível pessoal e profissional.

 


 

Bibliografia

 

Somos alfabetos do silêncio, José Tolentino Mendonça


04/12/2017


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Batida do coração

 

Fazes-me bater o coração com serenidade.

És a calma, a ternura.

Fazes-me bater o coração com tranquilidade.

Ao teu lado estou bem.

Não há depressão nem ansiedade.

Vivemos num presente perfeito.


Até ao nascer do sol

 

Quando o sol se põe até que o sol nasce, trabalhamos.

Parecemos novos escravos de tempos que pensamos distantes.

Tempos dos nossos avós e avôs, pais e mães.

Tempos de uma ditadura que ainda se encontra presente.

 

O chicote para com o trabalhador.

Trabalha meu menino, se não fores escravo outro será por ti.

Depois ficas sem dinheiro, sem vida.

Tens de te escravizar.

 

É isto que os arautos da nação santificados pela nossa fé querem.

Novos escravos.


Vigília Noturna

 

Na solidão da noite

Estando sozinhos

Escutamos, vemos e asseguramos pessoas e bens

 

Numa ronda solitária

O chefe vem de chicote

Chicoteia-nos e nós parecemos estátuas.

 

É a arma dele, qual caçadeira de dois canos pronta a disparar.

Se adormeces, não recebes.

 

Se adormeces, não recebes.

Chicoteia-nos sem parar.

 

Não temos tempo para respirar.

A ansiedade de falhar rouba-nos a quietude.

No fim a culpa é nossa.

Não soubemos lidar com a situação.


domingo, 9 de fevereiro de 2020

Emoções - Introdução


Em defesa das emoções

   As emoções, sejamos sinceros, têm tido uma má reputação ou, no mínimo, uma imagem que não lhes é muito favorável. Apesar de serem protagonistas num terreno tão apreciado como a arte: a raiva, o amor, a alegria ou a tristeza foram o tema principal e também fonte de inspiração para os melhores romances, melodias ou criações plásticas, mas no nosso desenvolvimento cultural e a nossa quotidianidade, iremos descobrir aspetos que desmentem, ou pelo menos relativizam a admiração que professamos pelas emoções.
   Comecemos pela história evolutiva de cada um de nós. Durante a infância, as emoções são as protagonistas das nossas vidas, no entanto, tradicionalmente, a educação teve como finalidade controlar, e tantas vezes reprimir, essas emoções, subordinando-as ao juízo ou à razão sobretudo nas emoções negativas como a raiva ou o nojo. Quando a criança as manifesta, é convidado a explicar os seus motivos, a procurar uma origem, a ser sensata. À medida que vai crescendo pedimos-lhe para refletir e raciocinar sobre aquilo que diz ou faz. Assim se transmite de uma forma implícita, um certo predomínio do pensamento sobre as emoções.
   Na história da nossa cultura, encontramos um claro indicador que as emoções estão subordinadas à razão na forma de responder à pergunta <<O que é o homem?>>. A resposta clássica é <<um animal racional>>. Desde os tempos da Grécia Antiga que se considera que as atividades intelectuais ( o pensamento, a razão, o juízo) são aquelas que nos torna propriamente humanos e nos distanciam do mundo dos <<brutos>>. Trata-se de um argumento com uma longa trajetória, segundo António Damásio, tem as suas principais bases em Platão e no filósofo francês René Descartes. No caso do primeiro, recordamos o diálogo Fredo, no qual a alma humana é descrita como um carro alado puxado por dóis corcéis e conduzido por uma auriga. Os dois cavalos representam a alma concupiscível (desejo) e irascível (vontade), enquanto a auriga encarna a alma racional. Baseando-nos nesta conceção tripartida da alma, que a partir de Platão se tornaria dominante, o ser humano só se pode elevar e atingir a retidão e o conhecimento se a parte racional conseguir dominar as outras duas. O não menos famoso cogito ergo sum (<<penso, logo existo>>) de Descartes apensas serviu para reforçar essa tendência que vinha de longe.
   Como resultado, na nossa tradição cultural, tratamos com frequência as emoções não só como algo alheio à razão, mas como algo que interfere no seu bom funcionamento. Até mesmo as emoções positivas, como a alegria ou o amor, nos parecem dignas de elogio desde que não as misturemos com <<coisas sérias>>, tais como aprender, pensar ou tomar decisões importantes.

Em defesa das emoções

   O que foi dito até agora não pretende ser um arrazoado contra a razão nem contra a nossa tradição cultural. Ninguém discute que o pensamento é uma faculdade intimamente unida à condição do ser humano, e foi esta conceção, herdada dos gregos, que permitiu com o passar dos séculos, a aparecimento da ciência. No entanto foi a própria ciência, que em tempos recentes, começou a colocar em quarentena tudo o que até há pouco tempo se sabia sobre as emoções. Graças aos novos avanços do conhecimento do cérebro e aos resultados experimentais acumulados ao longo dos últimos anos, sabemos hoje que as emoções, além de nos tornarem propriamente humanos, tal como a razão, desempenham um papel essencial no correto funcionamento das nossas <<capacidades de nível superior>>.A curiosidade e o espanto – que intervêm na motivação – são ingredientes indispensáveis da aprendizagem, já que memorizamos mais e melhor as informações que estão vinculadas às emoções; o medo, por sua vez, permite-nos tomar decisões adequadas em situações de risco ao prever possíveis ameaças e perigos. Como já intuía Charles Darwin se as emoções existem é porque cumprem uma função positiva na nossa sobrevivência como espécie.
   Uma última observação etimológica, a palavra emoção deriva do latim moveo (<<mover>>) com o acréscimo do prefixo e – (<<de>>), de modo que a própria origem do termo revela que em qualquer emoção se encerra o impulso de agir, de mover-se. Não poderíamos escolher, raciocinar ou aprender sem emoções.

Resumo do livro - O Cérebro e as emoções - Colecção Neurociência & Psicologia;

A mulher que eu amo

A mulher que eu amo é uma mulher simples, estóica, sincera e fraterna.
Não consigo falar com ela, mas vive na minha mente.
Na minha mente passeamos e somos como crianças.
Partilhamos momentos como jogar o pião, andar de bicicleta e jogar berlindes ou um simples jogo de cartas.
Partilhamos leituras de fantasias em que sonhamos ser príncipe ou princesa. Sem a complicação de adultos com as suas manias de saber o que é a vida, o que é certo para a vida, o que fazer para a vida.
A vida para nós é o momento sem a tristeza do passado ou a ansiedade do futuro. Vivemos no poder do agora. No presente vivido.
Temos vivências bombásticas de que como vamos ao senhor dos aflitos andar nos carrinhos de choque, comer algodão doce e velhotes, saborear um churro e farturas.
Engordamos os dois no momento doce que é a vida.
Com ela digo o que penso. Sem o medo de contar frustrações tristezas, mas também partilhar as alegrias.
A mulher que eu gosto é frágil como uma menina, mas robusta como uma Amazona.
Quando me deito a pensar nela sonhamos o sonho um do outro. Somos intervenientes do mesmo sonho.
A mulher que eu gosto personifica o bem. Emoção que eleva o ato de agir, longe do pensamento da razão.
Vivenciamos pensamentos anti dialéticos, que fogem do lógico-racional, mas temos empatia por uma humanidade que nos julga por sermos meninos que não julgam.
Numa sociedade que julga rápido, condena somos altruístas e egoístas ao mesmo tempo.
Neste momento voltámos a jogar ao pião e voltámos a casa.
Quando adormeço ela está presente na minha mente e até oramos juntos a Kuan Yin ou a Jesus ou a algum Deus que nos proteja e ajude.
Quando adormecemos, vivemos mais intensamente e somos inseparáveis mesmo quando acordámos e somos perturbados por gentes.
A mulher que eu gosto pode seres tu, ou outra rapariga qualquer porque amo a humanidade, a mulher, o homem.
Já nem penso em ventos e tempestades passadas nem em tempestades que virão.
Se a tempestade estiver aqui e agora vivencia-me com paz e serenidade e amor pela humanidade.
Eu acredito no homem.
Acredito na mulher que eu gosto.

Quem és?

Fiquei sensibilizado com a tua singularidade
A tua melodia é um Jazz poético e sereno
A tua prosa é doce e transpira a alegria daquilo que és.

Esta noite quando nos abraçamos o mundo em redor parou
Quando nos beijamos o tempo e espaço sucumbiu
Adormecemos para lá do mundo, do tempo e do espaço num momento perpétuo.
Não quisemos acordar tal o momento singular.